segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A POPULAÇÃO BRASILEIRA

A formação de nossa população

Antes da colonização, a população do atual território brasileiro era, segundo estimativas, de dois a cinco milhões de índios pertencentes a várias nações. Os grupos mais numerosos e que ocupavam as maiores extensões territoriais, eram o jê e o tupi-guarani.

Desde 1500 até os dias de hoje, os índios sofreram intenso genocídio e etnocídio. Principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste, encontram-se muitos mestiços descendentes de índios (mamelucos e cafuzos), que são classificados, juntamente com os mulatos, como pardos nos censos demográficos. Em 1980, a população indígena era aproximadamente 200 mil indivíduos, concentrados principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. Correspondiam a cerca de 0,2% dos brasileiros, mas, atualmente, verifica-se uma tendência de aumento deste contigente, em função da delimitação de reservas indígenas em vários pontos do território nacional.

O restante, 99,8%, da população brasileira, resulta da migração forçada de povos africanos e da imigração livre dos europeus, americanos e asiáticos, que povoaram o território, cresceram, se miscigenaram e hoje se deslocam pelo país à medida que se expandem e se diversificam as fronteiras econômicas.

Quanto às etnias que compõem a população brasileira, 51,4% são brancos e 7,6% são negros. Esses percentuais vêm diminuindo rapidamente, enquanto o número de pardos (39,7%) tem aumentado. Esses números demonstram que há uma intensa miscigenação entre as etnias, já que os grupos originais foram o indígena, o negro africano e o branco europeu. Posteriormente, houve uma pequena participação dos asiáticos.

A imigração para o Brasil (1530 a 1994)

A imigração para o Brasil iniciou-se em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Sousa. Até então, o país se encontrava na fase pré-colonial. Os portugueses que vinham para cá estavam interessados apenas na extração de recursos naturais em nosso território para comercializá-los na Europa. Com a criação das capitanias hereditárias e o início da lavoura de cana-de-açúcar, houve a fixação de portugueses e escravos negros no país, sobretudo no litoral dos atuais estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Pernambuco.

Durante o período colonial, ocorreram diversas invasões estrangeiras no Brasil, sobretudo de franceses, holandeses e britânicos. Alguns deles chegaram a fixar-se em pontos do território, mas acabaram sendo expulsos pelos índios ou pelos portugueses.

Com a abertura dos portos, em 1808, foi permitida a entrada de imigrantes livres europeus de outras nacionalidades, pois até então apenas os portugueses podiam se fixar no Brasil. O fluxo imigratório, porém, foi muito pequeno, já que a mão-de-obra autorizada nas atividades econômicas de base agrária era quase totalmente construída por escravos negros trazidos da África. Praticamente não havia empregos que pudessem ser oferecidos aos imigrantes livres, pois as ocupações urbanas (comércio, funcionalismo público e serviços em geral) estavam, amplamente dominadas pelos portugueses e seus descendentes e a relação de trabalho rural era servil.

Esse quadro foi alterado a partir de 1850, com a proibição do tráfico negreiro (Lei Eusébio de Queirós), maior desenvolvimento das atividades cafeeiras e urbano-industriais e facilidade de acesso à posse de terra na região Sul. Associados, esses fatores tornaram o Brasil um grande pólo de atração para os imigrantes europeus. Entretanto, vale destacar que os Estados Unidos e a Argentina, nesse período, receberam mais imigrantes que o Brasil, por oferecerem maiores possibilidades de ascensão social aos colonos. Assim, houve uma grande entrada de imigrantes livres até 1929, ano da crise econômica mundial decorrente da queda da bolsa de valores de Nova Iorque..

No período que se estendeu de 1830 a 1808, é difícil estimar o número de imigrantes que entrou no Brasil. Sabe-se, porém, que entre eles predominavam os portugueses, os quais, assim como os escravos africanos, dirigiam às plantações de cana-de-açúcar na região Nordeste, às minas de ouro do Centro-Sul de Minas Gerais e Goiás e às cidades que se desenvolveram em consequência do crescimento dessas atividades. De 1850 a 1930, por outro lado, as estimativas são mais confiáveis e observou-se uma enorme entrada de imigrantes no país para suprir as necessidades de mão-de-obra nas lavouras cafeeiras, nos centro urbano-industriais e no processo de povoamento da região Sul.

Com a crise mundial de 1929, as regiões do país de economia agrário-exportadora entraram em colapso. A principal crise foi a do café, que atingiu principalmente o Estado de São Paulo. A região de Ilhéus passou pela crise do cacau e o restante da Zona da Mata nordestina sofreu com a brusca queda na exportação de açúcar. Nesse contexto, iniciou-se o processo de industrialização brasileira, comandada pelo Sudeste, que passou a receber grandes contigentes de mão-de-obra nordestina . A região Sul, que passou por uma colonização de povoamento, tinha sua economia voltada para o mercado interno e sofreu menos com essa crise.

Esse deslocamento interno de trabalhadores do Nordeste rumo ao Sudeste significava que as atividades econômicas não estavam atendendo a demanda, que o desemprego gerado pela crise levava as pessoas a migrar pelo país. Em 1934, observando esse excedente interno de mão-de-obra, o governo Getúlio Vargas criou a Lei de Cotas de Imigração e passou a controlar a entrada de estrangeiro no país, para evitar que o índice de desemprego aumentasse a instabilidade social. Segundo essa lei, a cada ano, só poderiam entrar no país 2% do total de imigrantes dos últimos 50 anos, segundo a nacionalidade. Por exemplo, de 1885 a 1934 (50 anos) entraram cerca de um milhão de italianos no Brasil; em 1935 poderiam entrar 2%, ou seja, 20 mil italianos. Essa lei não foi aplicada aos portugueses, cuja entrada permaneceu livre.

A Lei de Cotas não proibia, apenas restringia a entrada de imigrantes. A restrição, porém, não era somente numérica, mas também ideológica. Se o imigrante demonstrasse tendência a marco-sindicalista, por exemplo, era impedido de entrar no país. Além disso, 80% dos imigrantes aceitos eram obrigados a trabalhar na zona rural. Com essas medidas, estava assegurada maior manipulação ideológica e controle social, já que os trabalhadores nordestinos que chegavam a São Paulo e ao Rio de Janeiro sujeitavam-se a situações de trabalho que os imigrantes europeus, mais organizados e politizados, não aceitavam passivamente. Da associação da crise mundial com a Lei de Cotas, durante o período de 1929 a 1945, a entrada de imigrantes no Brasil não foi numericamente significativa.

Do fim da Segunda Guerra Mundial até 1973, o Brasil passou por um período de grande crescimento econômico e tornou-se novamente um país de atração populacional. Durante o mandato democrático de Getúlio Vargas (1950 – 1954) e no governo de Juscelino Kubitschek (1956 – 1960), ocorreu maciça entrada de investimentos produtivos estatais e estrangeiros, que ampliaram o volume de empregos nos setores secundário e terciário. Apesar de ser significativa em termos absolutos, a participação percentual da imigração no crescimento populacional era reduzida, atingindo apenas 2,4% na década de 50. Atualmente, porém, a emigração supera numericamente a imigração, já que a economia não oferece emprego em número suficiente e os salários brasileiros situam-se entre os mais baixos do planeta.

As principais correntes migratórias para o Brasil

Só é possível estimarmos quantos escravos negros aqui ingressaram, quais os anos de maior fluxo, por qual porto entraram e de que lugar da África vieram. Segundo as estimativas, calcula-se que ingressaram no país pelo menos quatro milhões de negros de 1550 a 1850, a maioria proveniente da Angola, ilha de São Tomé e Costa do Marfim.

Dentre as correntes imigratórias, a mais importante foi a portuguesa. Além de serem numericamente mais significativos, esses imigrantes espalharam-se por todo território nacional. A imigração portuguesa para o Brasil teve início em 1530 e se estendeu até 1986. A partir desse ano, houve uma inversão de fluxo, explicada pelo ingresso de Portugal na União Européia. Com a consequente melhoria das condições de vida nesse país, ele se tornou área de atração de emigrantes brasileiros. Preocupados com essa tendência, os demais países membros da União Européia pressionaram Portugal a impedir o livre acesso de brasileiros ao seu território, o que, num futuro próximo, significará livre acesso a toda comunidade européia.

A segunda maior corrente de imigrantes livres foi a italiana. Em terceiro lugar, aparecem os espanhóis e, em quarto, os alemães. A partir de 1850, a expansão dos cafezais pelo Sudeste e a necessidade de efetiva colonização da região Sul levaram o governo brasileiro a criar medidas de incentivo à vinda de imigrantes europeus para substituir a mão-de-obra escrava. Entre as medidas adotadas e propagandas na Europa, destacam-se o financiamento da passagem e a garantia de emprego, com moradia, alimentação e pagamento anual de salários.

Embora atraente, a propaganda governamental escondia uma realidade perversa: ao fim de um ano de trabalho duro nas lavouras de café, quando o imigrante deveria receber seu pagamento, era informado de que seu salário não era suficiente sequer para pagar as despesas de transporte – que a propaganda prometia ser gratuito – e moradia, quanto mais dos alimentos consumidos ao longo do ano. A propaganda tinha sido enganosa, e somente seria permitida a saída do imigrante da fazenda quando a dívida fosse quitada. Como isso não era possível, ele ficava aprisionado no latifúndio, vigiado por capangas para evitar sua fuga. Era a escravidão por dívida, comum até hoje em vários estados do Brasil. Tal realidade levou a Alemanha, em 1859, a proibir a saída de imigrantes em direção ao Brasil, para impedir que seus cidadãos fossem enganados e escravizados.

Além dos cafezais da região Sudeste, outra grande área de atração de imigrantes europeus, com destaque para portugueses, italianos e alemães, foi o Sul do país. Nessa região, os imigrantes ganhavam a propriedade da terra, onde fundaram colônias de povoamento (pequena e média propriedade, mão-de-obra familiar, produção policultora destinada ao abastecimento interno) que prosperaram bastante, tais como Porto Alegre, Florianópolis e Itajaí, fundadas por portugueses; Joinville e Blumenau, por alemães; Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves, por italianos, dentre dezenas de outras cidades menos conhecidas. Os espanhóis não fundaram cidades importantes, espalhando-se pelos grandes centros urbanos de todo o centro-sul brasileiro, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1908, aportou em Santos a primeira embarcação trazendo colonos japoneses para trabalharem nas lavouras de café do interior do Estado de São Paulo. Assim como os colonos das demais nacionalidades, sofreram impiedosamente as vicissitudes da escravidão por dívidas, além das enormes dificuldades de adaptação e integração cultural. As diferenças de língua, religião e cultura, associadas ao receio de serem novamente escravizados, levaram os japoneses a criar núcleos de ocupação pouco integrados à sociedade como um todo. Eles respondem por aproximadamente 5% do total de imigrantes livres que ingressaram no país. Desde meados dos anos 70, muitos de seus descendentes estão migrando das áreas tradicionais de ocupação da colônia, já plenamente integradas ao cotidiano nacional, e espalhando-se pelos diversos pontos do país. Outros, fazendo o caminho inverso de seus ancestrais, estão imigrando em direção ao Japão (dekasseguis), onde trabalham em linhas de produção, ocupando posições subalternas, renegadas por cidadãos japoneses.

Entre as correntes imigratórias de menor expressão numérica, destaca-se os eslavos, na região de Curitiba; os chineses e os coreanos, na capital paulista; e os judeus, os sírios, os libaneses e os latinos-americanos em geral espalhados pelo país.

Vale lembrar que, atualmente, o Brasil se tornou um país onde o fluxo imigratório é negativo, ou seja, o total de emigrantes é maior que o número de pessoas que ingressaram no país. Muitos brasileiros têm se transferido para os Estados Unidos, Europa e Japão, em busca de melhores condições de vida, já que os salários pagos no Brasil são dos mais baixos do mundo. Como a maioria dos emigrantes entram clandestinamente nos países a que se dirigem, há apenas estimativas precárias quanto ao volume total de imigração. Para ter uma idéia, apenas em Nova Iorque residem cerca de 120 mil brasileiros.

O crescimento vegetativo da população brasileira

Como vimos, o crescimento vegetativo ou natural correspondente a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. No Brasil, embora essas duas taxas tenham declinado no período de 1940 – 1960, foi somente a partir da década de 60 que o crescimento vegetativo passou a diminuir.

Se a taxa de mortalidade apresentar uma queda maior que a verificada na taxa de natalidade, o crescimento vegetativo aumenta. Para que ele diminua, a queda da natalidade tem de ser mais acentuada que a de mortalidade. Logo após a Segunda Guerra Mundial, em todos os países, houve uma queda brutal nas taxas de mortalidade, graças aos progressos obtidos na medicina durante o conflito. A taxa de crescimento vegetativo, portanto, aumentou significativamente. A partir da década de 60, com a urbanização acelerada no Brasil, a taxa de natalidade passou a cair de forma mais acentuada que a taxa de mortalidade. Consequentemente, o crescimento vegetativo começou a diminuir, embora ainda apresentasse valores muito altos, típicos de países subdesenvolvidos.

A taxa de mortalidade brasileira já atingiu um patamar próximo a 6%, tendendo a se estabilizar por algumas décadas e, posteriormente, crescer, chegando a 8 ou 9%, quando o percentual de idosos no conjunto total da população aumentar.

A estrutura da população brasileira

Com a queda das taxas de natalidade e de mortalidade, acompanhada do aumento da experiência de vida da população brasileira, a pirâmide de idades vem apresentando uma significativa redução de volume na base, onde se encontram os jovens (46,5%), e um aumento da participação percentual das pessoas adultas (46,4%) e idosas (7,1%). A redução da participação dos jovens no conjunto total da população, porém, foi acompanhada pelo esfacelamento dos sistemas públicos de educação e saúde e de um brutal agravamento do processo de concentração de renda. A consequência, óbvia, é que, num futuro próximo, grande parcela desses jovens se transformarão em mão-de-obra desqualificada e mal remunerada, despreparada para o desempenho de atividades que envolvam domínios de novas tecnologias e incapaz, portanto, de sustentar maiores índices de crescimento econômico acompanhados de desenvolvimento social.

Quanto à distribuição da população brasileira por sexo, o país de insere na dinâmica global: nascem cerca de 106 homens para cada 100 mulheres, mas a taxa de mortalidade masculina é maior e a expectativa de vida, menor. Assim, embora nasçam mais homens que mulheres, é comum as pirâmides apresentarem uma quantidade ligeiramente superior de população feminina, já que as mulheres vivem mais. Segundo o censo de 1991, o Brasil tinha 72,2 milhões de homens (49,4%) e 74 milhões de mulheres (50,6%).

Uma parcela significativa da PEA (23,2%) trabalha no setor primário da economia, o que retrata o atraso da agricultura. Embora esse número venha declinando graças a modernização e à mecanização agrícola em algumas regiões, na maior parte do país a agricultura é praticada de forma tradicional e ocupa muita mão-de-obra.

Um percentual de 23,8% da PEA no setor secundário indica que o país possui um grande parque industrial. Embora o número esteja um pouco baixo do verificado em países plenamente industrializados, esconde o atraso tecnológico da maior parte do parque industrial. Lembre-se que esse número, analisado de forma isolada, não reflete a produtividade do trabalhador e o grau de desenvolvimento tecnológico do parque industrial.

Já o setor terciário, num país subdesenvolvido, é o que apresenta maiores problemas, por conter o subemprego. No Brasil, 53% da PEA dedica-se ao setor, mas é óbvio que grande parte desses trabalhadores não está efetivamente prestando serviços aos demais habitantes. Estão apenas atrás de sobrevivência, complementação da renda familiar e combate ao desemprego em atividades informais, desde o camelô até o vendedor de farol. Mesmo no setor formal de serviços (bancos, escolas, hospitais, repartições públicas, transporte, etc.), verifica-se a presença de algumas instituições modernas ao lado de outras muito atrasadas, fato facilmente observável ao compararmos a qualidade de ensino de qualquer grau oferecido em escolas públicas e privadas.

Quanto à distribuição de renda, o Brasil apresenta uma das maiores concentrações do planeta.

A PEA e a distribuição de renda no Brasil

A participação dos pobres na renda nacional vem diminuindo e a dos ricos vem aumentando sistematicamente. Essa dinâmica perversa, que impede o país de almejar a condição de nação desenvolvida, foi estruturada principalmente no processo inflacionário de preços, nunca totalmente repassados aos salários, e num sistema tributário pelo qual a carga de impostos indiretos (ICMS, IPI, ISS, etc.), que não destinguem faixas de renda, chega a 50% da arrecadação. Os impostos diretos (de renda, IPTU, IPVA), que possuem alíquotas progressivas, diferenciadas segundo a renda, ou são incluídos no preço das mercadorias e tornam-se indiretos para os consumidores ou são simplesmente sonegados. O governo agrava ainda mais o processo de concentração de renda ao aplicar seus recursos em benefício de setores ou atividades privadas, em detrimento dos investimentos públicos em educação, saúde, transporte coletivo, habitação, saneamento e lazer.

Os movimentos internos

As migrações pelo território brasileiro, assim como qualquer movimento populacional, ocorrem por motivos que impelem a população a se deslocar pelo espaço de forma permanente ou temporária. Ao longo da história, verificamos que esses movimentos migratórios estão associados a fatores econômicos, desde o tempo da colonização. Quando terminou o ciclo da cana-de-açúcar no Nordeste e teve início o ciclo do ouro, em Minas Gerais, houve um enorme deslocamento de pessoas e um intenso processo de urbanização no novo centro econômico do país. Graças ao ciclo do café e, posteriormente, com o processo de industrialização, a região Sudeste pôde se tornar efetivamente o grande pólo de atração de migrantes, que saíam de sua região de origem em busca de emprego ou de melhores salários. Somente a partir da década de 70, juntamente com o processo de descentralização da atividade industrial, a migração em direção ao Sudeste apresentou significativa queda.

Qualquer região do país que receba investimentos produtivos, públicos ou privados, que aumentem a oferta de emprego, receberá também pessoas dispostas a preencher os novos postos de trabalho. É o que se verifica atualmente no estado de São Paulo. As cidade médias e grandes do interior – Ribeirão Preto, Sorocaba, Campinas, São José do Rio Preto, entre dezenas de outras – apresentam índices de crescimento econômico e, portanto, populacional, maiores que os verificados na Grande São Paulo. Essa dinâmica foi possibilitada pelo pleno desenvolvimento dos sistemas de transporte, energia e comunicações, que integraram o interior do estado não só ao país, mas ao planeta. Boa parte da produção econômica estadual é destinada ao mercado externo.

Atualmente, São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais que menos crescem no Brasil. Em primeiro lugar, aparecem algumas capitais de estados da Amazônia, com destaque para Porto Velho (RO), localizada em área de grande expansão das atuais fronteiras agrícolas do país. Em seguida, vem as cidades nordestinas e, finalmente as do Sul do Brasil.

Exôdo rural e migração pendular

De meados da década de 50 até o final dos anos 70, período em que foram muito acelerados o processo de industrialização nas grandes cidades e a concentração de terras no campo, o Brasil sofreu um intenso exôdo rural, ou seja, a saída de pessoas do campo em direção às cidades. Como essas cidades não receberam investimentos públicos em obras de infra-estrutura urbana (habitação, saneamento básico, saúde, educação, transportes coletivos, lazer e abastecimento), passaram a crescer em direção à periferia, onde eram construídas enormes favelas e loteamentos clandestinos, sobretudo ao redor dos bairros industriais. Esse processo levou ao surgimento das metrópoles, um conjunto de cidades interligadas, onde ocorrem uma migração diária entre os municípios, fenômeno conhecido como migração pendular. Para a população que realiza esse movimento diário, a reestruturação dos transportes coletivos metropolitanos é urgente.

Turbulência

A transumância é um movimento populacional sazonal, ou seja, que ocorre em certos períodos do ano e que sempre se repete. No Brasil, já é considerada histórica a transumância da população que mora no polígono das secas, na região Nordeste. Os órgãos públicos responsáveis pelo combate à seca atendem prioritariamente aos interesses dos latifundiários, excluindo os despossuídos do acesso frequente a açudes e sistemas de irrigação. A consequência óbvia é previsível é que em março, quando pára de chover no Sertão, os pequenos e médios proprietários são obrigados a migrar para o Agreste ou para a Zona da Mata, em busca de uma ocupação que lhes permita sobreviver até dezembro, quando volta a chover no Sertão e eles retornam às suas propriedades.

Também é comum a transumância praticada pelos bóias-frias volantes, que não possuem residência fixa. O trabalho volante é temporário, só ocorre durante o período do plantio, da colheita ou do corte da cana-de-açúcar, por exemplo. Tal situação obriga os trabalhadores a migrar de cidade em cidade atrás de serviço. A partir da década de 80, nas regiões do país em que os sindicatos rurais se fortaleceram, esse movimento periódico passou a ser programado com antecedência, de forma a manter os bóias-frias com ocupação ao longo de todo ano, em locais preestabelecidos.

Migração urbana-urbana

Atualmente, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, é significativa a saída de população das metrópoles em direção às cidades médias do interior. A causa desse movimento é que as metrópoles estão completamente inchadas, com precariedade no atendimento de praticamente todos os serviços públicos, alto índices de desemprego e criminalidade. Já as cidades do interior desses estados, além de estar passando por um período de crescimento econômico, oferecem melhor qualidade de vida à população.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano compara a qualidade de vida da população de várias nações. Criado em 1990, pelo Programa das Nações Unidas, considera a dimensão econômica (renda), e aspectos sociais, culturais e de saúde.
A escala de IDH varia de 0 a 1. Os países com IDH até 0,499 são considerados de baixo desenvolvimento humano; os de IDH entre 0,500 e 0,799, de médio desenvolvimento; e os de 0,800 em diante, de elevado desenvolvimento. Em 2008 o Pnud divulgou o IDH de 179 nações.

Brasil
Desde 2007 o país integra o grupo das nações de alto desenvolvimento humano na setuagésima posição no ranking. A expectativa de vida (que alcançou os 72 anos em 2006) e, principalmente, a elevação da taxa de alfabetização dão consistência ao crescimento do IDH nos últimos anos. Em 2008, o país registrou IDH de 0,807. Mas a concentração de renda ainda é grande no país.



Fonte: Texto e imagem retirada da Revista Atualidaes Vestibular, Editora Abril (1 semstre de 2009)

POPULAÇÃO

- CONCEITOS DEMOGRÁFICOS FUNDAMENTAIS


A demografia sempre foi alvo de estudos e preocupações por parte de diferentes especialistas e interessados no assunto. Em virtude do seu caráter dinâmico, à medida que a população vai sofrendo transformações quantitativas e qualitativas, os problemas e as contradições sócio-econômicas vão se tornando cada vez mais agudos e evidentes.

Na tentativa de equacionar tais problemas e contradições, os detentores do poder lançam mão de estudos e proposições que nem sempre atingem seus objetivos. De qualquer forma, os estudos e análises fornecem instrumental teórico aos dirigentes para que sejam tomadas medidas de ordem prática. Só que a natureza dessas medidas varia em função dos diversos interesses (políticos, econômicos etc.).

Para facilitar a compreensão dos vários aspectos demográficos, vejamos alguns conceitos fundamentais a esse respeito.

População absoluta. É o número total de habitantes de um lugar (país, cidade etc.)

Densidade demográfica. É o número (média) de habitantes por Km². Para obtê-la basta dividir a população absoluta pela área da região analisada (país, cidade etc.).

Densidade e superpovoamento. Uma área densamente povoada não é necessariamente superpovoada; isso porque o conceito de superpovoamento não diz respeito apenas ao número de habitantes por Km², mas também se refere ao nível de desenvolvimento sócio-econômico e tecnológico da população em relação a área ocupada. Nesse caso, ocorre superpovoamento quando há descompasso do ponto de vista das condições sócio-econômicas da população em relação a área ocupada. A Holanda por exemplo, é um país densamente povoado (434 hab/Km²), mas não é superpovoado (a população desfruta de alto padrão de vida em espaço muito pequeno), ao passo que países como a Índia (247 hab/Km²) são superpovoados.

Recenseamento ou censo demográfico. É o levantamento ou a coleta periódica dos dados estatísticos (como nascimentos, óbitos, população absoluta, casamentos, migrações) da população de um país, cidade etc. Sua importância é fundamental para melhor conhecimento dos vários aspectos demográficos, bem como para fins de investimentos, planejamentos, projeções futuras e outras finalidades. No Brasil são realizadas de 10 em 10 anos.

Taxa de natalidade. É a relação entre o número de nascimentos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes. Uma taxa de natalidade de 30‰ (por mil) significa que nasceram trinta crianças (vivas) para cada grupo de 1.000 habitantes em 1 ano.

Taxa de mortalidade. É a relação entre o número de óbitos ocorridos em 1 ano e o número de habitantes (mortalidade geral). Além desse tipo de mortalidade, há também a mortalidade infantil, que é o número de crianças mortas antes de completar 1 ano de vida para cada grupo de 1.000 crianças com menos de 1 ano de idade. Essa taxa é um importante indicador do nível de desenvolvimento sócio-econômico dos diversos países do mundo.

Crescimento vegetativo ou natural. É a diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade. Não inclui os estrangeiros residentes no país.

- CRESCIMENTO POPULACIONAL

As preocupações com o crescimento demográfico tiveram início há cerca de dois séculos (Teoria Malthusiana, 1798), mas foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que a humanidade tomou consciência da gravidade da questão populacional.

De fato, no período posterior à Segunda Guerra Mundial, o crescimento da população mundial e particularmente dos países pobres ou subdesenvolvidos adquiriu proporções verdadeiramente gigantescas. O processo de descolonização pós-Segunda Guerra contribuiu bastante para que a realidade da miséria e do acelerado crescimento populacional do Terceiro Mundo viesse a tona.

Apenas no período de 1950-1970, a população mundial passou de 2,5 bilhões de habitantes para 3,6 bilhões, um acréscimo de 1,1 bilhão de pessoas em apenas 20 anos, sendo que, desse total, 83% (912 milhões) coube ao Terceiro Mundo.

No mesmo período, a população brasileira passou de 52 milhões para 93 milhões de habitantes, um acréscimo de 41 milhões de pessoas (o equivalente à população atual da Espanha).

Essa situação tem trazido preocupações e conseqüências bastante sérias, pois o crescimento demográfico continua elevado no Terceiro Mundo.

Estudos realizados por especialistas mostram que o crescimento da população mundial só vai cessar por volta do ano 2050, quando então a humanidade terá completado o que os especialistas chamam de “transição demográfica”, ciclo durante o qual a população passa por três fases fundamentais:

1ª) A população apresenta elevadas taxas de natalidade e mortalidade, resultando em baixo crescimento demográfico. É a fase do crescimento lento e que caracterizou a maior parte da humanidade até por volta do século XVIII. Somente alguns poucos povos ou comunidades muito atrasados ainda se encontram nessa fase atualmente.

2ª) Elevadas taxas de natalidade e baixas taxas de mortalidade, resultando em elevado crescimento demográfico. É a fase do crescimento rápido ou acelerado. Nessa fases encontra-se a maioria dos países subdesenvolvidos (período pós-Segunda Guerra) e por ela passaram os países desenvolvidos durante o século XIX.

3ª) Baixas taxas de natalidade e de mortalidade, resultando em baixo crescimento demográfico. É a fase que os países desenvolvidos estão atravessando. Esses países estão completando sua transição demográfica.

A situação atual pode ser assim simplificada: as taxas de crescimento demográfico dos países desenvolvidos são normalmente inferiores a 1% ao ano, sendo que em alguns países o crescimento encontra-se estagnado (Áustria, Luxemburgo, por exemplo) e até mesmo negativo (Hungria e Alemanha, por exemplo).

Quanto aos países subdesenvolvidos, as taxas vão desde aproximadamente 1% (china, Cuba), ou Menos (Uruguai), até por volta de 3,5 a 4% (Nigéria, Quênia etc.). O Brasil ocupa posição intermediária (2% ao ano).

- TEORIAS DEMOGRÁFICAS

- A Teoria Malthusiana

Exposta em 1798, foi a primeira teoria demográfica de grande impacto e até hoje a mais popular de todas, apesar das falhas que apresenta.

Preocupado com os problemas sócio-econ6omicos (desemprego, fome, êxodo rural, rápido aumento populacional) decorrentes da Revolução Industrial e que afetavam seriamente a Inglaterra, Malthus expôs sua famosa teoria a respeito do crescimento demográfico.

Para ele, a principal causa dos problemas que afetavam seu país era o grande crescimento populacional, especialmente dos mais pobres. A solução estaria no controle da natalidade, sendo que o referido controle deveria basear-se na sujeição moral do homem (casamento tardios, abstinência sexual etc.). Sua teoria é portanto nitidamente antinatalista e conservadora.

A Teoria Malthusiana baseou-se em dois princípios:

1°) Caso não seja detida por obstáculos (guerras, epidemias etc.), a população tende a crescer segundo uma progressão geométrica, duplicando a cada 25 anos.

2°) Os meios de subsistência, na melhor das hipóteses, só podem aumentar segundo uma progressão aritmética.

Para Malthus, a fome e a miséria eram resultantes do elevado crescimento populacional. A solução, portanto estava no controle da natalidade.

- Os Neomalthusianos

O quadro sócio-econômico mundial do período pós-Segunda Guerra Mundial, marcado por taxas de crescimento demográfico muito elevadas no Terceiro Mundo, ao lado da situação de fome e miséria, ressuscitaram as idéias de Malthus.

Os neomalthusianos ou alarmistas, temerosos diante desse quadro assustador do Terceiro Mundo, passam a responsabilizar os países subdesenvolvidos e o elevado crescimento demográfico como os culpados pelo referido quadro de horror.

Para os neomalthusianos a solução estava na implantação de políticas oficiais de controle de natalidade mediante o emprego de pílulas anticoncepcionais, abortos, amarramento das trompas, vasectomia etc.

Apesar de vários países terem adotado essas medidas, a situação de fome e miséria continua existindo.

- Os reformistas ou marxistas

Ao contrário de Malthus e dos neomalthusianos, que atribuem ao grande crescimento populacional do Terceiro Mundo a culpa pelo estado de pobreza e fome, os reformistas admitem que a situação de pobreza e subdesenvolvimento a que foi submetido o Terceiro Mundo é a responsável pelo excessivo crescimento demográfico e conseqüente estado de miséria.

Diante disso, os reformistas defendem a adoção de profundas reformas sociais e econômicas para superar os graves problemas do Terceiro Mundo. A redução do crescimento viria como conseqüência de tais reformas. Eles citam o exemplo dos próprios países desenvolvidos, cuja redução do crescimento só foi possível após a adoção de reformas sócios-econômicas e conseqüente melhoria do padrão de vida das suas populações.

- ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

- Estrutura Ocupacional: ativos e inativos

Do ponto de vista ocupacional a população de um país é dividida em população ativa (pessoas que exercem atividade remunerada) e população inativa (pessoas que não exercem atividade remunerada).

Os países jovens ou subdesenvolvidos apresentam baixo percentual de ativos, ao passo que os países desenvolvidos apresentam elevado percentual de ativos.

As atividades exercidas pela população ativa estão representadas pelos setores primário, secundário e terciário.

O setor primário compreende a agropecuária e o extrativismo, atividades predominantes na maior parte dos países subdesenvolvidos, e geralmente absorve os maiores percentuais de ativos.

O setor secundário compreende as indústrias de transformação, atividade predominante nos países desenvolvidos, e absorve elevados percentuais de ativos.

O setor terciário ou de prestação de serviços (comércio, bancos, funcionalismo público, transporte, educação etc.) em geral, é muito desenvolvido nos países industrializados e absorve os maiores percentuais da população ativa.

Em países subdesenvolvidos industrializados (Brasil, por exemplo), devido ao imenso êxodo rural, a maior parte da população concentra-se no setor terciário. Entretanto, grande parte deve-se ao subemprego ou à chamada “inchação” (aumento irreal) do terciário.

- A Estrutura por Idades e Sexos

Do ponto de vista das idades, a população costuma ser dividida em três faixas principais:

Jovens, adultos e idosos, sendo que a delimitação de cada uma das faixas varia muito entre os países e instituições especializadas. Por exemplo: jovens (0 a 14 ou 0 a 19 anos), adultos (15 a 59 ou 15 a 64 ou 20 a 59 anos) e idosos (a partir dos 60 ou 65 anos).

Para efeito didático, os países podem ser agrupados em quatro tipos principais:

a) Desenvolvidos velhos – é o caso dos países industrializados europeus. Características: os mais baixos percentuais de jovens e os mais elevados percentuais de velhos.

b) Desenvolvidos novos – é o caso de países como os EUA, o Canadá a Austrália. Características: percentual de jovens pouco superior e percentual de idosos pouco inferior aos países do grupo anterior.

c) Subdesenvolvidos industrializados – é o caso dos países de industrialização recente (Brasil e México etc.). Apresentam elevada proporção de jovens e baixa proporção de velhos, alguns países como o Brasil já apresenta-se em transição demográfica, onde a população de jovens vem caindo a cada ano e a de idosos aumentando.

d) Subdesenvolvidos não-industrializados – é o caso dos países considerados mais pobres. Apresentam os mais elevados percentuais de jovens (acima de 40%) e os mais baixos percentuais de idosos.

Quanto à proporção dos sexos, embora a regra geral seja o predomínio de mulheres, devido à maior mortalidade masculina, há algumas exceções importantes (países que perderam grandes contingentes masculinos em conseqüência de guerras, migrações etc.)

A estrutura etária costuma ser representada por meio de gráficos chamados pirâmide etária, onde a base representa os jovens, o corpo representa os adultos e o ápice, os velhos.

- Migrações Populacionais

As migrações populacionais remontam aos tempos pré-históricos. O homem parece estar constantemente à procura de novos horizontes. No passado, milhões e milhões de europeus e asiáticos migraram para todas as partes do mundo, conquistando e povoando continentes como a América, a Oceania e a África.

Ultimamente, tem-se verificado a migração de milhões de pessoas de quase todas as partes do mundo em direção a Europa e até mesmo à Ásia, entre as quais grande número de descendentes aos países de origem dos seus antepassados.

Milhares de brasileiros e argentinos migraram nos últimos anos, em decorrência da crise econômica que seus países atravessam, sobretudo em direção à Europa e América do Norte.

Por que as pessoas migram? As razões que explicam as migrações são inúmeras (político-ideológicas, étnico-raciais, profissionais, econômicas, catástrofes naturais etc.) embora razões econômicas sejam predominantes. A grande maioria das pessoas migra em busca de melhores condições de vida.

Todo ato migratório apresenta causas repulsivas (o indivíduo é forçado a migrar) e/ou atrativas (o indivíduo é atraído por determinado lugar ou país).

Até antes da Segunda Guerra Mundial, as principais áreas de repulsão populacional eram a Europa e a Ásia (fome, guerras, epidemias, perseguições políticas e religiosas), e as principais áreas de atração eram a América e a Oceania (colonização, crescimento econômico, possibilidade de enriquecimento etc.).

Entretanto, devido à enorme prosperidade alcançada pela Europa e pelo Japão no período pós-Segunda Guerra, essas áreas tornaram-se importantes focos de atração populacional, além, é claro, dos EUA, que sempre foram e continuam sendo um grande pólo atrativo.

Além das migrações externas que implicam a movimentação de milhares de pessoas anualmente, há também as não menos importantes migrações internas, movimentos populacionais de variados tipos que se processam no interior dos diferentes países de todo o mundo.

Dentre as principais migrações internas temos:

Êxodo rural. Deslocamento de pessoas do meio rural para o meio urbano. Ocorre principalmente nos países subdesenvolvidos e sobretudo naqueles que experimentam um processo de rápida industrialização.

Transumância. Migração periódica (sazonal) e reversível (ida e volta) determinada pelo clima.

Migrações diversas. Entre zonas rurais, entre áreas urbanas, migrações em direção às áreas de descobertas de minerais, migrações de fim de semana e outras.

QUESTÕES DE VESTIBULAR - POPULAÇÃO

1. Julgue as alternativas em relação aos conceitos demográficos.

0 – 0 – Os países de pequena extensão territorial são sempre densamente povoados.
1 – 1 – Os países de pequena extensão territorial são sempre de pequena população
absoluta.
2 – 2 – Os países de grande extensão territorial são sempre populosos.
3 – 3 – Os países de grande extensão territorial são sempre fracamente povoados.
4 – 4 – Países populosos com pequena extensão territorial são sempre povoados.

2. Observe a tabela.

País Densidade demográfica (hab/km²)

A 260,74

B 101,25

C 71,70

Com base nos dados da tabela, considere as seguintes afirmações:

I. A população do país A é mais numerosa que a do país B.
II. A área ocupada pelo país C é maior do que a do país B.
III. O país B é mais povoado do que o país C.

Assinale a alternativa correta.

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

3. Comparado ao século XX, o crescimento populacional no passado era muito pequeno. No início da era cristã a população mundial era de apenas 250 milhões de habitantes, passando para 500 milhões em 1650, 900 milhões em 1800 e 1,6 bilhão em 1900. No início da década de 90, a população mundial era de aproximadamente:

a) 3 a 3,5 bilhões
b) 4 a 4,5 bilhões
c) 5 a 5,5 bilhões
d) 6 a 6,5 bilhões
e) 7 bilhões

4. O nome dado ao período de violento crescimento demográfico e os principais responsáveis pelo referido crescimento são:

a) Baby-boom – países asiáticos.
b) Baby-boom – países latino-americanos.
c) Explosão demográfica – países desenvolvidos.
d) Explosão demográfica – países subdesenvolvidos.
e) Guerra Fria – países desenvolvidos.

5. As questões demográficas ou populacionais sempre foram alvo de preocupação por parte de autoridades, estudiosos e demais interessados no assunto. A mais famosa teoria demográfica, exposta ao final do século XVIII e que ainda hoje consegue suscitar debates, é de autoria de:

a) Karl Marx
b) F. Engels
c) Maquiavel
d) Thomas Morus
e) Thomas R. Malthus

6. O violento crescimento populacional ocorrido no período posterior à Segunda Guerra Mundial, juntamente com o quadro de fome e miséria verificados no Terceiro Mundo, propiciou o renascimento das idéias de Malthus. Os novos adeptos de Malthus passaram a culpar os próprios países do Terceiro Mundo como responsáveis pela situação de fome e miséria. Como são chamados e o que propõem os novos adeptos de Malthus como solução para os problemas do Terceiro Mundo?

a) Neonazistas – extermínio dos pobres.
b) Neomalthusianos – socialização dos meios de produção.
c) Neomalthusianos – controle oficial de natalidade.
d) Reformistas ou marxistas – socialização dos meios de produção.
e) Humanistas – distribuição gratuita de alimentos para os pobres.

7. Em contraposição aos neomalthusianos, que vêem no grande crescimento populacional o principal obstáculo ao desenvolvimento do Terceiro Mundo, os ................... ou .................... consideram que é a própria situação de fome e miséria do Terceiro Mundo que acarreta o grande crescimento populacional. A solução estaria portanto nas reformas sociais, que propiciariam a erradicação e a melhoria do padrão de vida. Os defensores dessa última teoria são os:

a) Reformistas ou marxistas.
b) Reformistas ou alarmistas.
c) Monetaristas ou ortodoxos.
d) Pós-malthusianos ou populacionistas.
e) Revisionistas ou comunistas.

8. "Hoje, milhões de pessoas estão tentando deixar o Hemisfério Sul em direção ao Norte. É o oposto do que houve no passado. Entre os 12 países da Unidade Européia (UE), 11 já se tornaram países de imigrantes. Até mesmo algumas nações da Europa Central, como a Hungria e a Polônia, estão recebendo imigrantes, que vêm de regiões mais pobres, como os rincões do antigo império soviético, África e Ásia. Até mesmo Portugal que era o país mais pobre da Europa, hoje recebe mais gente do que exporta. Todo o planeta está envolvido num processo de transição."
Jean-Claude Chesnais.

"O Estado de São Paulo", 20 set. 94.

Assinale a alternativa FALSA:

a) Parte dos emigrantes africanos para a Europa constitui-se de refugiados das guerras civis que assolam certos países desse continente.
b) Os jovens dos países pobres do Hemisfério Sul constituem o principal segmento populacional a emigrar para o Norte, em função da ausência de perspectivas nos seus países de origem.
c) A UE (Unidade Européia) tem estabelecido políticas de restrições à entrada de imigrantes nos 12 países que a constituem, entre outras razões, pela pressão de grupos nacionalistas-xenófobos.
d) O Extremo Oriente, em especial o Japão, é uma área de emigração, pois seu grande desenvolvimento tecnológico, libera muita mão-de-obra qualificada para a Europa e os EUA.
e) A globalização (ou mundialização) das relações econômicas, sociais e culturais, viabilizada em muito pelo desenvolvimento tecnológico dos meios de informação, funciona como um estímulo ao fluxo migratório dos países pobres para os desenvolvidos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Geografia de Alagoas (1 parte)

FORMAÇÃO TERRITORIAL

•Alagoas pertenceu originalmente à capitania de Pernambuco donde foi desmembrada em 1817, deixando uma área litigiosa na parte setentrional. Essa área foi posteriormente anexada a Pernambuco.

REGIÕES DE ALAGOAS

•Dentro do Estado de Alagoas, existem áreas com características diferentes nos aspectos físico, econômico, social e cultural.
•Em função das semelhanças e diferenças, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dividiu o território do nosso estado em três partes chamadas mesorregiões: Sertão Alagoano, Agreste Alagoano e Leste Alagoano

MESORREGIÃO DO SERTÃO DE ALAGOAS

•Essa mesorregião agrupa quatro microrregiões. Sua principal cidade é Santana do Ipanema, depois Batalha, Mata Grande e Delmiro Gouveia.
•No sertão alagoano, as chuvas são escassas e mal distribuídas. A atividade econômica mais importante é a pecuária, principalmente a criação de gado para a produção de leite. Os principais municípios produtores são: Major Isidoro, Jacaré dos Homens e Batalha.

MESORREGIÃO DO LESTE ALAGOANO

•É a maior e a mais populosa mesorregião de Alagoas. Nessa mesorregião encontra-se a cidade de Maceió, capital do Estado. O clima é quente e chuvoso, os solos são férteis e a agricultura é bem desenvolvida, sendo os principais produtos a cana-de-açúcar, o feijão, o milho, a mandioca e as frutas variadas. Nas terras alagadas do rio São Francisco, desenvolve-se a cultura do arroz. A pesca é praticada na região das lagoas.

Coordenadas Geográficas

Orientação é o mesmo que rumo ou direção. Significa determinar nossa posição ou a posição de um lugar em relação aos pontos cardeais.
Os pontos cardeais indicam quatro direções opostas duas a duas: norte – sul e leste – oeste. Essas direções foram estabelecidas com base no movimento de rotação da Terra, pois:
· Se estendemos o braço direito em direção ao Sol nascente e o esquerdo em direção ao Sol poente, teremos a nossa direita o leste e a nossa esquerda o oeste.
· O norte estará a nossa frente e o sul às nossas costas.

Cabe observar que as expressões “Sol nascente” e “Sol poente” não resultam de um
movimento diário do Sol ao redor da Terra. Essa trajetória é apenas aparente, pois, na realidade, é a Terra que gira sobre si mesma diante do Sol.
Além dos pontos cardeais existem também os colaterais e os subcolaterais, totalizando seis direções que formam a figura chamada rosa-dos-ventos ou rosa-dos-rumos.

1.1 – COORDENADAS GEOGRAFICAS

São um conjunto de linhas imaginárias que servem para localizarmos um ponto ou acidente geográfico na superfície terrestre. Essas linhas são os paralelos e os meridianos.
Paralelos são linhas traçadas paralelamente ao Equador. São em número de 180, sendo 90 ao norte e noventa ao sul do Equador. Por meio dos paralelos determinamos a latitude de um lugar.
Latitude é a distância em graus de um lugar qualquer da superfície terrestre até a linha do Equador. Varia de 0º a 90º para o norte e para o sul do Equador.
Meridianos são semicirculares imaginárias traçadas na Terra de pólo a pólo. São em número de 360, sendo 180 a leste e 180 a oeste do Meridiano de Greenwich. Por meio dos meridianos determinamos a longitude de um lugar.
Longitude é a distância em graus de um lugar qualquer da superfície até o Meridiano de Greenwich. Varia de 0 a 180º para leste e para oeste deste meridiano.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

SEJAM BEM VINDOS MEUS ALUNOS

Espero que neste ano de 2009 nosso relacionamento de amizade e aprendizagem seja pleno, e espero atender as todas as suas necessidades geográficas.

Prof. Joaquim Alexandre