"O FOLCLORE ALAGOANO COMO
INSTRUMENTO DE INTERVENÇÃO NA ELABORAÇÃO DE PRODUTOS DECORATIVOS"
da Design de Interiores GILVÂNIA SIMÕES COIMBRA (GIL SIMÕES).MÚSICA FOLCLÓRICA ALAGOANA
A música folclórica é toda música que
é feita e cantada pelo povo, a qual escutamos praticamente em todos os lugares,
nas brincadeiras de roda, nas cantigas de ninar, nas bandas de pífanos, nos
terços, nas novenas, nas ladainhas, enfim são as músicas cantadas pelo povo em
suas casas, nas ruas, nas praças, nas roças, e através de vaquejadas, romarias,
terreiros de xangôs ou candomblés, feiras, e assim por diante em quase todos os
municípios Alagoanos, sobrevivendo pela transmissão oral passada pelas gerações
(ROCHA, 1989).
Alguns dos mestres do folclore musical
Alagoano: Maria Flor, Maria do Carmo Barbosa, Manuel Venâncio de Amorim, Benon
Pinto da Silva, Zé Baião, Juvêncio Joaquim, Hilda Maria da Silva, Maria
Vitória, Salvino José, Mário Francisco Verdelino.
Podemos citar como músicas folclóricas:
As músicas populares religiosas são
cantigas tradicionais de origem religiosa, que começam com flores e ladainhas
do Mês de Maria cantadas nas igrejas e nas casas de famílias por fiéis e
crentes. O latim das ladainhas provoca engraçadas e curiosas modificações pelos
roceiros e matutos, isto é, por não terem o domínio do latim, cantam usando seu
linguajar misturado à fé.
A toada de vaqueiro é uma modalidade
musical composta pelos próprios vaqueiros, onde são cantadas nas festas de pega
de boi e nas vaquejadas (corrida de mourão), como em Palmeira dos Índios e
sertão adentro, de origem antiga que nasceu aqui com o ciclo do gado, com os
aboios, vinda com as igrejas e o seu cantochão, aliada ao canto árabe.
De origem negra, Esquenta-Mulher
Alagoano é uma orquestra popular, em outros Estados Nordestinos é chamada de
música de couro, zabumba de couro, música cabacal ou cabaçal. É geralmente
composto de dois pífaros (pifes), às vezes três, um bombo ou zabumba, uma
caixa, e pratos. São instrumentos toscos de fabricação popular, os pífaros
feitos de taquara e os furos a fogo, o bombo e a caixa de madeira oca são
cobertos com pele de carneiros, que comparecem no interior nas festas de natal,
e em qualquer festa de arraial.
Esquenta-Mulher
de Marechal Deodoro.
Fonte: www.gazetaweb.globo.com.br |
Nelson da Rabeca, Alagoano de Marechal
Deodoro, possui uma contemporaneidade e complexidade folclórica extraordinária.
Apesar de seu pouco estudo, ele é um autêntico criador e executor de seus
próprios instrumentos (tendo como o mais conhecido, a rabeca), letras e
músicas, que também os fazem e comercializam em sua própria residência. Dono de
uma voz estridente, Nelson da Rabeca, é dotado de inteligência e
de simplicidade (BARROS, apud PEDROSA, 2000).
Nelson
da Rabeca.
Fonte: www.visitealagoas.com.br |
FOLGUEDOS NATALINOS
Reisado
É um auto popular profano religioso,
formado por grupos de músicos, cantadores e dançadores. De origem portuguesa. O
reisado foi influenciado pelo alto dos congos que era uma manifestação de
aculturação africana.
Os instrumentos são: harmônica
(sanfona), tambor e pandeiros.
Localização: Palmeira dos Índios,
Viçosa, Major Isidoro, Maravilha, Mar Vermelho, Monteirópoles, Olho D’água do
Casado, Pão de Açúcar e Piaçabuçu.
Vestimenta: saiote de cetim colorido adornado de
gregas douradas ou prateado, chapéu de abas largas, guarnecidas de espelhos
redondos, flores artificiais e fitas variadas.
Apresentação
do Reisado.
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Notas
musicais e letras do Reisado.
Fonte: Folguedos e Danças de Alagoas (Rocha,
1984) |
Guerreiro
Grupo multicolorido de dançadores e
cantores, semelhante ao reisado. O guerreiro surgiu em Alagoas cerca de 1927 ou
1929, é o resultado da fusão de reisado, auto dos cabocolinhos (já extinto),
chegança e pastoril.
Os instrumentos são: harmônica
(sanfona), tambor, e pandeiros.
Localização: Arapiraca (Craíbas),
Atalaia, Boca da Mata, Branquinha, Cajueiro, Campo Alegre, Capela, Chã Preta,
Delmiro Gouveia, Igreja Nova, Junqueiro, Maceió, Maribondo, Murici, Penedo,
Piaçabuçu, Quebrangulo, Rio Largo, São José da Lage e São Luiz de Quitunde.
Vestimenta: trajes multicoloridos, fitas, espelhos,
contas de aljôfar, enfeites de árvore de natal nos chapéus, diademas, coroas,
guarda-peitos, calções e mantos.
Apresentação
de Guerreiro.
Fonte: www.maceio40graus.com.br |
Notas
musicais e letras do Guerreiro.
Fonte: Folguedos e Danças de Alagoas (Rocha,
1984). |
Bumba-Meu-Boi
É um auto popular de temática pastoril
que tem na figura do boi o personagem principal. Aparece em todo o Brasil. Tem
origem nos grupos de janeiro e reisados portugueses.
Os instrumentos são: violão,
triângulo, garrafa (pedaço de ferro percutido por um pedaço de vergalhão).
Localização: Maragogi (Povoado
Antunes), e há um concurso anual de Bumba-Meu-Boi na praça multeventos na praia
de pajussara na cidade de Maceió.
Notas
musicais e letras do Bumba-Meu-Boi.
Fonte:
Folguedos e Danças de Alagoas (Rocha, 1984).
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Apresentação
do Bumba-Meu-Boi.
Fonte:
CDROM – ALAGOAS E – BOOK
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OBS: EM BREVE MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O NOSSO FOLCLORE
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